segunda-feira, 7 de junho de 2010

Táááá chegaaaando a hoooraaa




Lucas Paio, de Beijing
E, para surpresa geral, a China venceu a França por 1 a 0 no último amistoso dos Les Bleus antes da Copa. Eu achei foi bom – não porque morar em Beijing há nove meses me fez chinês de carteirinha, mas porque não vou com a cara da seleção francesa e quero mesmo é que eles se estrepem.

As repercussões da vitória no amistoso, porém, não foram muitas por aqui. Nenhum torcedor vestindo a camisa nas ruas, nenhum foguete na hora do gol. Até comprei o China Daily (o mais famoso jornal em inglês de Beijing) no dia seguinte pra ver o que falavam, mas a edição de fim-de-semana já fora fechada com antecedência e sequer mencionava o resultado. A uma semana da Copa, aliás, nem mesmo foi o futebol que ganhou a manchete da página de esportes: preferiram noticiar a vitória do Lakers sobre o Celtics por 102 a 89 na última quinta-feira. As reportagens sobre futebol existem, é claro: em matéria menor, contam que Ferdinand, capitão do time inglês, foi levado ao hospital com o joelho direito machucado. E na página de resultados, estão lá os 2 a 1 que os mexicanos aplicaram na Itália, a vitória apertada por 1 a 0 que a Espanha teve sobre a Coréia do Sul, e a goleada de 3 a 1 dos alemães sobre a coitada da Bósnia-Herzegovina. (Logo em seguida, curiosamente, vêm os resultados do Campeonato Brasileiro.)

Ainda não sei direito onde vou acompanhar os jogos do Mundial aqui na China. O Beer Garden da BLCU, meu espaço predileto para tomar cerveja e jogar conversa fora, não vai providenciar telão de plasma ou tevê de élecêdé para os clientes: perguntei pro chefe e ele falou que a barulheira ia incomodar o pessoal dos dormitórios lá perto. Mas tenho fé que bares e botecos na região, principalmente os voltados para estrangeiros, deixarão a TV ligada a noite inteira na CCTV 5, para a felicidade geral das nações.

Os horários das partidas serão até razoáveis. O primeiro jogo acontece às 19h30, depois que todo mundo já estudou e trabalhou o que precisava e já pode ver ao futebolzinho em paz. O segundo vem às 22h00, terminando lá pra meia-noite – perfeito para assistir e ainda ser capaz de acordar na hora no dia seguinte. O terceiro é que pega: 2h30 da madruga, muito tempo depois da segunda partida. É aquela coisa: ou você dorme e coloca alarme, ou continua bebendo e conversando até que o jogo comece. E o pior é que os melhores embates, incluindo aí os jogos do Brasil, acontecem nesse horário. A partir das oitavas-de-final, piora mais um tiquinho: jogos às 23h00 e 03h30. Combinando isso com minha semana de provas finais, vai ser uma beleza.

O bom de se estudar em uma universidade para estrangeiros é que, se a população local não parece ligar tanto para o torneio – afinal de contas, nem participando eles estão –, já combinei de ver os jogos com um monte de amigos de países diferentes. Qualquer derrota da Inglaterra, Itália, Espanha, Portugal, Alemanha, vai ter sempre gente do lado pra quem falar: "arrá! seu timinho não vale de nada!". A única coisa que me preocupa é a escassez de argentinos na minha rede de relacionamentos. Preciso urgentemente fazer amizade com alguns hermanos, porque ver a patota de Maradona cair e poder direcionar a galhofa para um rosto conhecido tem uma graça muito maior.
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Thales Machado, de BH.
Invadindo a postagem oriental, venho aqui só para escrever a resposta do desafio que atraiu o Brasil durante o Corpus Christi. 
A palavra certa era conhecimento, e a explicação oficial do jogo ta postada aí embaixo.
Fato é que pelo tal do conhecimento, amanha, 20h, meu vôo sai de Guarulhos com conexão em Joanesburgo e chegada em Durban por volta de 11h de Quarta-Feira, horário local. 
Prometo que aviso por aqui quando chegar!

Clica aí de novo pra aumentar!




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