sábado, 12 de junho de 2010

Cansado na África, passando a bola pra Ásia.

Três da manhã aqui na África do Sul, e apesar de querer, não tenho forças pra escrever mais do que essas linhas. Deixo vocês então, com uma foto de hoje, minha estréia em Copas do Mundo, Argentina 1x0 Nigéria, e com o melhor de tudo, um texto do Lucas, da China, sobre como ele viu a abertura lá em Beijing.
Em breve, darei palavras aos sentimentos da abertura e do meu primeiro jogo aqui na África. Amanhã, o jogo mais cervejeiro de todos, e eu vou: Alemanha x Australia.

Cerveja e Vuvuzela na mão, quem adivinhar que camisa é essa primeiro, ganha uma vuvuzela.

Lucas Paio, de Beijing.



A revista Super Interessante de fevereiro de 2010 trzia uma matéria sobre a África do Sul que começava assim: "Quem assistir TV na manhã de 11 de junho deve esbarrar na abertura da Copa. Conforme o protocolo, haverá tomadas aéreas do estádio lotado, coreografias folclóricas envolvendo bolas, torcida fantasiada e, após a festa, um jogo em que o anfitrião passa sufoco (para o bolão: África do Sul 2 x 2 México)". Quando a partida estava prestes a começar e eu precisava anotar meu chute na folha de papel, lembrei-me da reportagem e arrisquei o dois a dois. Acertei o empate, mas os 90 yuans do bolão (10 por pessoa) foram pra alemã que cravou o um a um na pinta.

Assisti ao jogo de abertura da Copa do Mundo 2010 em casa, em companhia de nacionalidades tão sortidas quanto as do grupo G da Seleção Canarinho. Eram quatro chineses (três deles estudantes de espanhol), duas alemãs, dois belgas, um espanhol, uma italiana, dois ingleses nascidos na Índia, uma catarinense, um baiano e eu. No bolão, só um dos ingleses apostou nos africanos, mas faltou um gol dos Bafana Bafana para que seus 2 a 1 se concretizassem. O espanhol chegou a apostar ousados 4 a 1 no México, declarando que "nós ensinamos tudo a eles". Mas quando Tshabalala abriu o placar com um tiro certeiro no canto do gol, mesmo os que botavam dinheiro nos conterrâneos do Chapolin comemoraram: o time anfitrião sempre desperta simpatia.

A CCTV, maior rede de televisão da China, tem seu canal 5 dedicado aos esportes e, em tempos de Copa, não mostra outra coisa. Desde as 2 da tarde os apresentadores já se revezavam com reportagens, palpites, curiosidades e conversa fiada, e uma contagem regressiva no canto da tela informava: faltam oito horas. Na hora agá, quando estávamos todos reunidos para o espetáculo ludopédico, o canal começou a dar problema: quanto mais alto o narrador falasse, pior ficava a imagem. Ou seja: nas jogadas mais empolgantes, não conseguíamos ver bulhufas. Só no segundo tempo descobrimos como resolver o problema: a boa e velha porrada no televisor.



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7 comentários:

  1. atletico de tres coracooooes!
    ganho a vuvuzela e o pano africano!

    beijos, tcheco!
    fiquei tentando te ver na tv, mas nao vi! hehehe

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  2. ih, acho que errei!
    qual que é?

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  3. acho que cheguei tarde...

    mas meu chute seria igual da gueto: Atlético de Três corações! né não?

    traz uma coisinha da áfrica pra miiiiiiiiim!!!

    =)

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  4. Prezadas,
    Já tinha procurado as camisas do Tricordiano. Não achei em nenhum lugar camisa semelhante.

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  5. Como eu não conheço bulhufas do Thales Machado e não sabia dessa paixão pelo Atlético 3 Corações, eu tentarei um chuto que provavelmente será longe, mas aí vai: Bayern de Munique.
    E inveja dessa sua viagem (assim como a do Lucas), mas parabéns por resolver aquela confusa e vaga promoção.

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Seja na China, ou seja no Brasil, tenha a certeza que alguém está agradecendo o seu comentário!