quinta-feira, 27 de maio de 2010

Cerimônia de abertura.

A geografia nesses tempos de Copa não importa.

No Brasil, na China, na África do Sul, em qualquer canto desse mundo a Copa fica perto. Fica a uma dedada no controle remoto, uma acessada no mundo virtual, uma sentada no sofá para acompanhar os jogos ao som dos mais simpáticos e adorados narradores. A não ser por segundos do chamado delay, que atrasa as transmissões dos jogos para quem acompanha pela telinha, ou pela internet, os estádios, novos, bonitos, cheios e em formatos de zebras e girafas, aumentam a sua capacidade de dezenas de milhares para milhõe, quiçá bilhões de espectadores. Nós dois estaremos lá, nesse "estádio" globalizado, seja no Brasil, ou na China. Lucas Paio, publicitário, mora em Pequim, a capital do país mais populoso do mundo. Com um delay de fuso-horário de 11 horas está Thales Machado, historiador, vivendo na pacata Belo Horizonte.Ambos acompanharão a mesma Copa, por lugares e fuso-horários diferentes, e anotarão suas impressões neste mesmo blog.

Lúcio, zagueiro até hoje no elenco, disputou em 2006 uma partida de Copa contra a China: 4 a 0 Brasil, e uma bola na trave da China!

delay (atraso, em bom português) da China em relação ao Brasil é o próprio futebol. Lucas, que também não é grande fã de futebol, vive em um país que ainda aprende a amar o esporte bretão. Uma participação apenas em Copas, três derrotas, nenhum gol marcado. O maior orgulho chinês em Copas, pasmem, é uma bola na trave no jogo contra o Brasil. Nas terras tupiniquins onde está Thales, aficcionado por futebol e por Copas desde os 6 anos, nada que não seja a vitória no dia 9 de julho será visto como tragédia nacional. Na terra de Mao, tanto faz, como tanto fez, nem disputar, eles irão.

Não espere aqui nenhuma análise tática sobre o contra-ataque brasileiro, ou sobre a inocência das defesas africanas ou até mesmo um ensaio acerca da retranca eslovena. O blog não é sobre a Copa, é sobre "ver a Copa", de maneiras bem diferentes, em lugares bem distantes e distintos. Imagens, vídeos, curiosidades, humor e cultura pretendem passar por aqui nesse mais de mês que separam o dia de hoje até o dia em que alguém ficará eternizado pela imagem de levantar o troféu de 36,5cm e 5kg de ouro 18 quilates acima de sua cabeça. Diferenças entre Brasil e China é o que mais vai aparecer, semelhanças, poucas, mas já tem uma: ambos os autores torcem pelo hexa da seleção canarinho. Mesmo com essa convocação que, convenhamos, vai faltar craque de bola assim lá na seleção da China!

3 comentários:

  1. Ser jogador de futebol na China deve ser mais difícil que no Brasil: tem 1,3bi de pessoas, ninguém gosta de futebol, vc tem que xingar em chinês, não tem morro da Chatuba, não tem patrocínador pq todo mundo é comuna e a sua chuteira é Made in China!

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  2. Quer dizer que Vanucci estava certo ao dizer que a África do Sul é logo ali.... E a galera chamando o coitado de bêbado!!

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  3. A Africa do Sul é logo ali, mas nem tanto.
    Esse povo africano é o mais legal do mundo!
    O povo brasileiro chega só no dedinho do pé.

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Seja na China, ou seja no Brasil, tenha a certeza que alguém está agradecendo o seu comentário!